PDA – Prova de Carga Dinâmica (chamado de ensaio dinâmico ou ensaio de carregamento dinâmico)

Finalidade do teste: se conhecer de uma forma rápida e econômica a capacidade de carga das estacas. Objetiva principalmente determinar a capacidade de ruptura da interação estaca-solo, para carregamentos estáticos axiais. Ao mesmo tempo avalia a integridade das estacas e a eficiência dos sistemas de cravação, bem como otimiza o projeto de fundação evitando custos excessivos devido a comprimentos extras de estacas ou altos coeficientes de segurança. Detecta danos na estaca, indicando a extensão e a localização.

Uso: pode ser utilizado em praticamente qualquer tipo de estaca.

Vantagens do teste: além de obter a capacidade de ruptura do solo, obter dados das tensões máximas de compressão e de tração no material da estaca durante os golpes, da flexão sofrida pela estaca durante o golpe, da integridade da estaca (com localização do eventual dano e estimativa de sua intensidade), da energia efetivamente transferida para a estaca (permitindo estimar a eficiência do sistema de cravação) e do deslocamento máximo da estaca durante o golpe.

Como é feito: é feito através da instalação de sensores no fuste da estaca, em uma seção situada pelo menos duas vezes o diâmetro abaixo do topo da mesma. Os sinais dos sensores são enviados por cabo ao equipamento PDA, que armazena e processa os sinais “online”. Uma estaca é golpeada por um martelo, ondas resultantes do impacto se propagam ao longo da mesma. Em estacas de concreto, essas ondas viajam a 3.500m/s. À medida que as ondas percorrem a estaca, sua intensidade gradualmente se modifica, pois é necessário consumir a energia do impacto para que a estaca supere a resistência do solo do atrito lateral e de ponta e penetre no terreno. Utilizando-se uma instrumentação adequada, é possível medir a intensidade das ondas de impacto do martelo, e as alterações que as mesmas sofrem devido à resistência do solo. Os sinais são monitorados e armazenados através do equipamento denominado PDA – Pile Driving Analyzer.

NBR: a metodologia do ECD encontra-se normalizada através da NBR-13208, de outubro de 1994. Existem normas para ECD também em vários outros países, dentro os quais citamos: Austrália (AS 2159-1995); Alemanha (Comitê 2.1 da DGGT- recomendações para futura inclusão na norma DIN); China (JGJ 106-97); Estados Unidos (ASTM D 4945-89 e outras); Inglaterra (Specification for Piling – Institution of Civil Engineers – capítulo 11.1).

Dados adicionais: A prova de carga dinâmica difere das tradicionais provas de cargas estáticas pelo fato do carregamento ser aplicado dinamicamente, através de golpes de um sistema de percussão adequado. Através da análise CAPWAP é possível separar-se a parcela de resistência devida a atrito lateral da resistência de ponta, e determinar a distribuição de atrito ao longo do fuste. Essa análise, geralmente feita posteriormente em escritório a partir dos dados armazenados pelo PDA, permite também obter outros dados de interesse, como o limite de deformação elástica do solo. A execução da prova de carga dinâmica encontra condições ideais no caso de estacas cravadas.